Os vereadores de Araxá discutiram em reunião ordinária na Câmara Municipal nesta segunda-feira (3) dois pedidos de abertura de comissão processante: o que diz respeito a denúncia contra vereadores afastados devido às suspeitas de compra e venda de apoio político e o pedido que inclui o prefeito Aracely de Paula na denúncia. Uma reunião extraordinária foi marcada para quinta (5).
Como o regimento interno da Câmara permite que seja aberta ou arquivada apenas uma comissão processante por vez, a reunião começou com o impasse de qual pedido seria votado primeiro. Os vereadores decidiram votar primeiro se arquivaria ou julgaria a denuncia que não incluía o prefeito.
O presidente da Câmara abriu a votação nominal e por oito votos a seis os vereadores decidiram que irão julgar o pedido de denuncia que diz respeito apenas aos vereadores. O outro pedido de comissão processante que inclui o prefeito Aracely de Paula ficará arquivada até apreciação do primeiro pedido.
Após a votação o presidente da Câmara encerrou a reunião e convocou outra reunião extraordinária para quinta-feira (5). A equipe do MGTV não conseguiu contato com o prefeito.
Denúncia
A denúncia considera que o prefeito participou da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, fato que deflagrou a prisão dos vereadores afastados Carlos Alberto Ferreira, (PDT), José Domingos Vaz (PDT), José Maria Lemos Júnior (DEM), Marcílio Faria (PT) e os ex-vereadores Miguel Júnior, Amilton Marcos Moreira e Eustáquio Pereira, além de Francisco Fernando do Prado (primo do ex-vereador José Maria Lemos Júnior).
O advogado de Cachoeira, Daniel Rosa, informou que a defesa mantém as afirmações de que o vereador afastado jamais cometeu qualquer ato de improbidade administrativa. O advogado de Juninho da farmácia, Wislei Cill Farney, informou que ainda não foi comunicado oficialmente da ação. O advogado de Marcílio De Faria, José Gaudêncio Rocha da Cunha, também não quis se manifestar porque ainda não tomou conhecimento da ação. A produção do MGTV não conseguiu contato com advogados dos outros citados na ação.
Ainda segundo o MP, na ação o promotor descreve fatos em que o prefeito participava de chantagens contra um vereador para forçá-lo a votar no ex-vereador Miguel Júnior na campanha para a reeleição dele como presidente do Legislativo. Também é citado na ação o fato de o prefeito, mesmo ciente de possíveis condutas ilícitas praticadas pelo ex-vereador José Domingos, ter se omitido de determinar a apuração delas, devido a interesses pessoais.
Fonte:G1 - Entenda o caso no link: G1
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