Os vereadores de Araxá decidem na reunião ordinária de hoje da Câmara Municipal se acatam ou não a denúncia apresentada pela vereadora Valéria Sena (PTdoB) contra os parlamentares Sargento Amilton (PTdoB) e Pezão (PMDB) por infração político-administrativa e ético-parlamentar.
Os dois foram indiciados pela Polícia Civil no inquérito que apurou o desvio de dinheiro da Santa Casa. Se a denúncia for acatada pela maioria dos vereadores, o Legislativo vai instalar uma Comissão Processante.
Por ser a denunciante, Valéria não participa da votação de hoje, assim como os suplentes Adolfo Segurança (sem partido) e Jairinho Borges (PMDB), que serão declarados titulares com a cassação de Amilton e Pezão. Valéria será substituída pelo suplente Miguel Enfermeiro (PTdoB) e Adolfo por Evaldo Juvenal (PRB). O substituto de Jairinho será Edinho Souza (PMDB), que não apareceu para votar na semana passada. Se Edinho não aparecer novamente, o suplente Márcio de Paula (PR) será convocado para a votação da denúncia feita por Valéria.
Os vereadores afastados Sargento Amilton e Pezão foram indiciados por peculato, organização criminosa e lavagem de valores no inquérito policial sobre o desvio de R$ 262 mil da Santa Casa de Misericórdia. De acordo com o inquérito, os dois receberam dinheiro oriundo desse desvio para apoiar politicamente o ex-presidente da Câmara Municipal, Miguel Júnior (PMDB). Eles devem ser denunciados pelo Ministério Público nos próximos dias. Ainda existe a possibilidade de Amilton e Pezão renunciarem hoje antes da votação da denúncia para escaparem da cassação.
Se eles não renunciarem e a denúncia for acatada, o Legislativo instalará ainda na reunião de hoje uma Comissão Processante para apurar os fatos denunciados. Serão sorteados três vereadores desimpedidos para compor essa comissão, sendo que entre eles será escolhido o presidente e o relator. Ao final dos trabalhos da Comissão Processante, os vereadores decidem, em votação, se cassam ou não os mandatos dos parlamentares Sargento Amilton e Pezão, que terão que apresentar suas defesas por escrito em um prazo de dez dias, que começam a contar a partir de hoje.
Fonte: Germano Afonso
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