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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Polícia Civil investiga morte de ex-interno de clínica de reabilitação em Araxá

A Polícia Civil de Araxá, investiga a morte de Marcos Vinícius de Oliveira Campos, de 35 anos, ocorrida na semana passada no Pronto Atendimento Municipal da cidade. O homem morreu depois de ter sido deixado com sinais de violência no local, na madrugada do dia 13 de outubro. A família conta que ele estava internado em uma clínica para tratamento de dependentes químicos e pede que o óbito seja esclarecido. A direção da clínica onde o homem estava internado não quis se pronunciar sobre o assunto.

A mãe do homem, Lúcia Fátima de Oliveira, contou que a última comunicação que fez com o filho foi um bilhete de papel escrito por ele, onde pede para ser tirado da clínica, pois os responsáveis o estavam dopando com medicamentos. “Todos da clínica pediram para eu não dar valor ao que ele escreveu, pois todos mentem para poderem sair da clínica”, disse a mãe que no primeiro momento admitiu ter ignorou o bilhete.
Dias depois do bilhete, o filho foi internado no Pronto Atendimento Municipal em estado grave. Ele morreu poucas horas depois de ter dado entrada. A família ainda não sabe a real causa da morte, já que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não ficou pronto. Contudo, na ocorrência policial o médico responsável pelo atendimento cita agressões. "Segundo o relato do médico, essa pessoa deu entrada com sinais de violência pelo corpo e com hematomas no crânio e mandíbula e que isso foi a causou do óbito”, disse o tenente da PM, Josué Muniz Chagas Andrade.
O delegado Cristiano Dib informou que já ouviu um funcionário e um monitor que podem ter envolvimento no caso. “Ouvimos as pessoas que estavam envolvidas na situação que gerou os ferimentos responsáveis pela morte da vítima. Essas pessoas mencionaram que agiram em legítima defesa após tentar contê-lo de uma possível fuga", destacou. O caso segue sob investigação.
A mãe da vítima pede Justiça. “Eu quero que essas pessoas paguem pelo que fizeram com meu filho. Foi uma vida humana que eles tiraram. Não é possível que eu paguei uma clínica particular para matarem meu filho, não foi isso, eu queria recuperação dele”, desabafou a mãe.
Sem alvará

O setor de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Araxá informou que a clínica de recuperação para dependentes químicos não tem alvará sanitário. Na última inspeção feita no local, em setembro de 2015, fiscais da Vigilância perceberam que as condições de infraestrutura e organização não estavam adequadas, por isso não emitiram o alvará sanitário. Segundo a Vigilância, a clínica está funcionando irregularmente.

Sobre a falta de alvará de funcionamento, o advogado João de Luz, que é citado no Boletim de Ocorrência como responsável pela ficha de atendimento da vítima, informou que o documento que faltava para a liberação do alvará de funcionamento vai ser protocolado nesta terça-feira (18) na Prefeitura.
Fonte: G1

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