Na primeira reunião deste ano, o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento e Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus apresentou um panorama do trabalho que tem mantido os índices de confirmações baixos ou nulos para tais doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. O encontro ocorreu na tarde de quarta-feira, 23, na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Saúde.
“Durante a primeira reunião deste ano foi apresentado para as comissões técnica e de mobilização social os novos integrantes deste trabalho de combate á dengue, zika e chikungunya. Nós da Secretaria Municipal de Saúde apresentamos dados, ações desenvolvidas, sugerimos e pedimos sugestões de trabalho e, também orientamos que os parceiros continuem desenvolvendo trabalhos e campanhas educativos”, afirmou a coordenadora.
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, Telma Di Mambro Senra, até a segunda quinzena de março foram 173 notificações para dengue, com 12 casos confirmados. Houve uma notificação de chikungunya, cujo material foi encaminhado para análise da Secretaria de Saúde de Minas Gerais e aguarda resultado. Não há registros de zika vírus na cidade. O encontro serviu para o alinhamento das informações e diretrizes de trabalho.
No decorrer de 2016, foram registradas 2564 notificações de dengue, com 3978 confirmações. Para chikungunya, foram 4 suspeitas e 1 caso confirmado. Já para zika vírus foram 4 confirmações em um total de 20 notificações.
Instituído em 2016, o Comitê é formado por técnicos da Secretaria de Saúde, que compõem a comissão técnica, e por diversas entidades, empresa e associações, que compõem a comissão de mobilização social. Durante a reunião, foi também realizada a eleição de presidente e vice-presidente do comitê, sendo que na presidência foi eleita Telma di Mambro e a vice-presidente Flavia Rios Ribeiro Cassiano.
Combate e prevenção
O trabalho de combate e prevenção ao mosquito segue diretrizes do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). A coordenadora do Setor da Vigilância Ambiental, Flávia Rios, destaca que as ações serão mantidas ao longo de 2017. A novidade será o apoio das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) na conscientização e combate aos focos.
Atualmente, a prefeitura dispõe de profissionais que visitam imóveis a cada dois meses para eliminar reservatórios que acumulam água. Para os locais de maior possibilidade de proliferação do Aedes aegypti, a visitação ocorre quinzenalmente. Em ambos os casos é realizado tratamento com aplicação de inseticidas adulticidas, através de uma bomba costal de fumacê.
Flávia Rios afirma que para casos de imóveis inabitados ou denúncias é realizado procedimento especial para que tais locais não fiquem de fora das ações de prevenção e combate. “As casas fechadas de imobiliárias são visitadas também através da liberação das chaves pelas mesmas para que possamos entrar. As casas abandonadas, sem moradores, são visitadas através de um esquema com chaveiros e Polícia Militar, realizando uma notificação onde todos assinam. Temos também o atendimento espontâneo através de denúncias da população recebidas pelo setor e dois agentes de endemias exclusivos nos cemitérios da cidade, realizando o combate ao mosquito através de eliminação de qualquer tipo de água parada”, explicou.
Outra ação é o programa Bota Fora, em que dois caminhões percorrem as ruas da cidade, através de um escala por setor, para a remoção de todos os entulhos que servem de local de reprodução do mosquito. Para reforçar o trabalho, três educadores realizam palestras, oficinas, teatros e blitz em escolas, empresas, Organizações Não Governamentais (ONGs), associações, entre outros.
Reclamações e denúncias quanto ao descaso que culmine na proliferação dos mosquitos podem ser feitas para a Vigilância Ambiental na Avenida Luiz Correia, s/n, Centro Administrativo - Bloco da Saúde, ou no telefone 9 9904-2475.
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