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segunda-feira, 27 de março de 2017

Ex-presidente da Câmara de Araxá faz acordo de delação premiada

Os vereadores denunciados em um esquema de corrupção na Câmara de Araxá entrou em nova fase após um acordo de delação premiada feito pelo ex-presidente da Câmara, Miguel Júnior, indiciado cinco vezes pelo crime de corrupção ativa. Segundo o juiz de direito Renato Zupo, o momento é de pedir vistas aos advogados dos demais envolvidos para que eles digam se pretendem ou não produzir novas provas.

Os parlamentares envolvidos - Miguel Júnior (PMDB), Eustáquio Pereira (PTdoB), Sargento Amilton (PTdoB), Professor Cachoeira (PDT), José Domingos Vaz (PDT), Juninho da Farmácia (DEM) e Marcílio Faria (PT) - são acusados de compra e venda de apoio político no Legislativo e foram afastados depois de terem sido denunciados pelo Ministério Público. 
O advogado de defesa de Marcílio de Faria é José Gaudêncio Rocha da Cunha. Ele, além do  advogado Omar Tahan, que defende o réu José Domingos e o advogado Fabiano Melo, do réu Sargento Amilton, negam a participação dos clientes no esquema de corrupção. Já os advogados dos outros denunciados disseram que só irão se manifestar após o término da audiência.
Delação
O juiz Renato Zupo disse que a delação premiada foi homologada há três dias após pedidos da defesa de Miguel Júnior. "Havia um pedido feito pela defesa, que foi analisado pelo MP ao afinal do processo. Agora, tanto o MP quanto a defesa deste acusado solicitaram a homologação do acordo de colaboração premiada e foi analisado há três dias atrás com imediato e subsequente vistas aos demais defensores para que digam se possuem outras provas a produzir. Foi essa proposta de delação premiada que impediu à decisão dos autos", explicou o juiz.
O próximo passo será analisar o que o ex-presidente disse durante a delação. "Na verdade, a análise do que ele delatou no que ele contribuiu para com a busca da verdade real dentro do processo penal será feita por sentença. Por hora, o acordo dele cumpriu as formalidades legais e me coube homologar e mais tarde observar se isso efetivamente auxilia na obtenção de provas de eventual culpa dos acusados", destacou.
"A sentença deveria ter sido prolatada e com o advento da colaboração premiada e sua homologação. Agora nós inauguramos nova fase de vistas para os demais advogados para que eles digam se pretendem ou não produzir novas provas. Temos que esperar a fala da defesa, se eles vão querer novas provas ou se eles estão satisfeitos com as provas até aqui  produzidas, inclusive a colaboração premiada", completou.
Fonte: G1

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