Com a participação de profissionais e usuários da saúde em debates de seis eixos, a plenária final da 8ª Conferência Municipal de Saúde foi realizada na quinta-feira, 27, no Clube Araxá. O evento, organizado pela Secretaria de Saúde e Conselho Municipal de Saúde de Araxá, teve como tema central “SUS: nenhum direito a menos” e foi realizado em continuidade ao trabalho iniciado na primeira semana de julho. Cerca de 200 pessoas participaram na elaboração de propostas que serão aplicadas no Plano Municipal da Saúde de 2018 a 2021. Estiveram presentes, também, integrantes da Secretaria Municipal de Saúde e a vice-prefeita e secretária de Ação e Promoção Social, Lídia Jordão.
Em seis grupos, os participantes elencaram abordagens dentro dos eixos de: Atenção Primária: Saúde da Família e Comunidade; Promoção e Vigilância em Saúde; Atenção Secundária e Serviços Contratados; Urgência, emergência e atendimento Hospitalar; Cuidar de quem cuida: Gestão da força de trabalho e educação permanente; e Direito à saúde, cidadania, controle social e financiamento da Saúde. Ao todo, foram 100 propostas listadas no relatório final.
“É um momento do usuário expressar aquilo que está precisando e o que deseja para a saúde no município. A parceria com o Conselho Municipal de Saúde é fundamental nesse tipo de ação. Cada dia que passa vemos a nível federal ocorre uma tendência a cortar alguns direitos que a população teria, uma vez que pela constituição a saúde é direito de todos. Diante disso, o conselho nacional levantou essa discussão”, ressaltou o secretário municipal Saúde, Dr. Alonso Garcia.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Elvira Aparecida Oliveira Pereira, destaca que o evento é proveitoso para reforçar a importância do sistema de saúde federal e desenvolver melhorias locais.
“Durante as conferências nacionais realizadas, realmente, está todo mundo solicitando nenhum direito a menos aos usuários do SUS. Muitos usuários consideram o plano do SUS ruim, mas temos que ter consciência da importância dele para a nossa vida, daí a necessidade de reformular e elaborar propostas em todos os níveis de governo”, disse.
Conheça algumas das propostas
No eixo da “Atenção Primária: Saúde da Família e Comunidade”, entre as propostas foram elencadas a implantação do consultório de rua no município; adequação do espaço físico de todas as Estratégias da Saúde da Família (ESF); aumento no número de profissionais de saúde; aumento da oferta de consultas com ginecologista na rede; expansão do atendimento de saúde às comunidades rurais, com equipes itinerantes; entre outros.
Já no grupo de “Promoção e Vigilância em Saúde”, foram propostas a ampliação do horário de atendimento das salas de vacina em todas as Unidades de Saúde, criação de programa de divulgação e orientações sobre os serviços oferecidos pelo Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST), entre outros.
O grupo que participou da roda de “Atenção Secundária e Serviços Contratados” destacou proposta de oferta de glaucoma na cidade; construção, credenciamento e implantação CAPS I; contratação de pneumologista para atender pacientes do Programa Interdisciplinar de Internação Domiciliar (PIID); reforma e ampliação do Centro CTA-SAE-UDM (Serviço de Assistência Especializada e Unidade de Dispensação de Medicamento); entre outros.
O eixo de “Urgência, Emergência e atendimento hospitalar” propôs aumento da oferta de leitos hospitalares e Unidade de Terapia Intensiva (UTI); garantia de alas separadas para mulheres, homens e crianças e disposição de psicólogo, assistente social e fisioterapeuta no Pronto Atendimento Municipal (PAM) e futuramente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), entre outros.
A implantação de oficinas de cuidado mental a profissionais da saúde, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) foram alguma propostas do grupo que abordou o tema “Cuidar de quem cuida: Gestão da força de trabalho e educação permanente”.
O grupo que debateu propostas do “Direito à saúde, cidadania, controle social e financiamento da saúde”, destacou a presença de vigilantes diurnos e noturnos em todas as unidades de saúde; criação e implantação de assessoria de comunicação na Secretaria Municipal de Saúde; garantia de sede própria ou alugada para o Conselho Municipal de Saúde; garantia do funcionamento do protocolo de fraldas descartáveis geriátricas e infantis, com distribuição na farmácia municipal; entre outras.
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