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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Inauguração da exposição - Mulheres que moram em mim

Foi inaugurada na manhã de segunda-feira, 16, a vernissage de Consuelo Scarpelline. As obras ficarão expostas até o dia 14 de novembro com entrada gratuita.


São infinitas as janelas que se escancaram, hoje como nunca, para quem quer ver o mundo. Entre todas, uma há em que elas estão.  As mulheres de Consuelo. Elas, com seu jeito próprio de estar no mundo, seus estilos, suas individualidades assumidas.
Consuelo as vê e as quer. Para estarem perto de si. Para retratá-las. Para se misturar com elas através de uma ponte, que é a ponte do feminino. O feminino com seus signos, suas possibilidades. As possibilidades exploradas por essas mulheres e as possibilidades a explorar que elas evocam.

Essas mulheres, Consuelo as faz vivas, belas. As faz convite. Cada uma. Convite a que se aprofunde nas suas imagens, a que se debruce sobre suas trajetórias, a que se siga seus caminhos desbravados, seus lastros.
São mulheres que a artista exibe desafiando o olhar de quem vê a mergulhar em certas existências que deixam marcas, pouco importando o âmbito e a dimensão destas marcas – nacionais, internacionais, de um universo restrito, particular. Elas foram e são elas. E estão prontas para serem desvendadas. No olhar e na indumentária poeticamente descrita em seus retratos nada convencionais.
“Mulheres que moram em mim” é como elas se apresentam, nomeadas por Consuelo. A artista confessa que as capta e percebe com um olhar que não é exclusivo dela, mas um olhar compartilhado com sua mãe – o feminino primordial que a ensinou a não apenas ver, mas querer ver e admirar pessoas.
Sobre essas mulheres que Consuelo ousa retratar de forma mais que surpreendente é preciso dizer que elas nos olham tanto quanto nós olhamos para elas.
A “atriz”
Consuelo tem um amor fiel anterior e posterior a “Mulheres que moram em mim”.  É dela o ar de encantamento que se impõe em cada retrato. Ocupa também lugar privilegiado na inspiração do trabalho. A chihuahua Chanel. Antes de “incorporar” tantas personagens, emprestando seu corpo e especialmente seus olhos, ela tem sua imagem caprichosamente captada pelas lentes da fotógrafa Vanessa Botelho, de cujas fotos parte a construção em tinta dos retratos.  
Texto de Beatriz Afonso.
Fonte: ACIA






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