O vereador Robson Magela falou sobre o início da construção do viaduto da rua Uberaba ao usar a tribuna na reunião ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira, 17 de setembro. O valor do contrato assinado pela Prefeitura com a empresa de Belo Horizonte que construirá o viaduto é de R$ 7.298.113,56. Segundo Robson, o valor gasto com o viaduto poderia ser investido em outras áreas prioritárias para a população de Araxá.
“Já foram gastos cerca de R$ 7,5 milhões nas desapropriações e agora serão gastos mais R$ 7,2 milhões na construção do viaduto. São quase R$ 15 milhões. Essa não é uma verba carimbada e, portanto, poderia ser investida em saúde, educação e segurança em benefício do povo. O Governo Municipal gosta de dizer que quem não concorda com a construção de viadutos é contra o progresso da cidade. Mas desde quando viaduto é sinônimo de progresso?”, indagou o vereador.
Robson lembrou que participou das duas audiências públicas realizadas pela Administração Municipal em que a empresa que realizou o projeto do viaduto informou que o aumento do tráfego de veículos no cruzamento da rua Uberaba com a avenida João Paulo II irá causar problema daqui a 10 anos. “Então para que gastar o dinheiro do povo com isso agora? Não seria melhor realizar estudos para encontrar alternativas viárias que impeçam um problema que só acontecerá daqui a 10 anos? Não existe necessidade de construir esse viaduto agora”, afirmou o parlamentar.
O vereador ainda destacou outros motivos para não concordar com o viaduto. “É um absurdo gastar quase R$ 15 milhões para construir um viaduto em uma cidade onde a população não encontra remédios na farmacinha municipal, tem que esperar meses para ser atendida por um médico especialista e depois entrar em uma fila enorme para realizar os seus exames na rede pública. Esse dinheirão poderia resolver esses problemas ou também ser usado para reformar creches e escolas”, sugeriu ele.
“Viaduto não é prioridade para a nossa cidade. Esse viaduto é o símbolo do ego de alguém que prefere investir em um amontoado de concreto do que no ser humano. É o símbolo do atraso de quem não está aberto ao diálogo com o povo de Araxá”, finalizou Robson.
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